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Menino de 5 anos oferece ajuda para combater o fogo no Pantanal


Preocupado com o fogo que se aproximava de sua casa no Pantanal, menino de 5 anos chega com balde e oferece ajuda aos bombeiros e brigadistas

 

O pequeno Davi acompanhou o trabalho dos militares na região e emocionou ao ajudar com um balde nas mãos, ao lado do pai, que também fazia combate voluntário. "Disfarcei o choro na fumaça", disse bombeiro.

"Ele pegou o balde e foi lá falar conosco. Um menino de apenas cinco anos. Estava ali, ajudando o pai dele, no combate aos incêndios para não atingir a casa deles. E ele não parava. Jogava o balde de água e falava da escola, em trabalhar. Sou pai também. Senti uma emoção muito grande vendo aquilo e aí deu para disfarçar o choro por conta da fumaça que tinha lá".

O depoimento é do aluno cabo Lucas Vinicius Lima Cavalcante, de 26 anos, que eternizou na foto os momentos vividos ao lado do pequeno Davi. Morador de uma colônia de pescadores e pequenos agricultores, na região do Paiaguás, no Pantanal, ele viu a ameaça do fogo nos arredores da casa e, prontamente, ofereceu ajuda para combater o incêndio ao lado dos bombeiros.

"Ele é filho de um senhor, que leva o mesmo nome dele. São várias famílias ali, várias colônias, um local que não tem energia, água só de poço, com pouco gado e que ficam distantes cerca de 10 km uma da outra. Nós combatemos o fogo na região por três dias, nos dias 6, 7 e 8 de setembro. Nós levamos todo o material para fazer o combate lá e extinguimos todos os focos. Agora, já voltamos para a base", comentou Cavalcante.

De acordo com o bombeiro, foram 220 km de estrada para chegar ao local. "Os bombeiros estão em peso em várias áreas do Pantanal, como em Corumbá e Coxim, por exemplo. Neste caso, para chegar nessas colônias fomos de aeronave e extinguimos todos os focos. A região ficou toda queimada em volta, mas, as casas nós conseguimos proteger e o pessoa lá ajuda a fazer o monitoramento em um quadrante de 1 mil a 2 mil hectares", explicou o aluno cabo.

O tenente-coronel Leandro Moura Marzolla, que comanda a operação na base em Corumbá, disse que acompanhou o gesto do garoto. "As crianças gostam muito do quartel, sempre passam a mão e acenam para as viaturas. Só que neste caso é uma criança que fica mais isolada e nos impressionou pelo fato dele se propor a ajudar. Isso deu renovação de ânimo para a equipe, que está lá há alguns dias, então, essa atitude é um alívio para todos nós", finalizou. (Fonte: G1MS).

 

 


Fonte: G1 MS