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Fernando Rufino conquista 1º ouro do Brasil na canoagem


Sul-mato-grossense é campeão na prova dos 200 metros, classe VL2 com o tempo de 53s077
Fernando Rufino conquistou a primeira medalha de ouro da história da canoagem brasileira em uma edição de Paralimpíada – Reprodução

 

O atleta sul-mato-grossense Fernando Rufino, conquistou a primeira medalha de ouro da história da canoagem brasileira em uma edição da Paralimpíada nesta sexta-feira (3). O atleta venceu a prova dos 200 metros (m) classe VL2 com o tempo de 53s077.

Rufino venceu na canoagem classe va'a, quando é utilizada a canoa havaiana, que tem como particularidade um flutuador lateral, com braços ligando a canoa ao flutuador.

Em segundo ficou o norte-americano Steven Haxton com 55.093 e o bronze foi para o português Norberto Mourão, com 55.365. O brasileiro Luis Carlos Cardoso, atual campeão mundial da prova, foi sétimo colocado com 56.390.

O sul-mato-grossense fez uma prova forte, assumindo a ponta desde o início. A cada remada ele se distanciava mais dos adversários, e cruzou a chegada quase dois segundos à frente do segundo colocado.

Fernando Rufino largou na raia 4, pelo fato de ter feito o melhor tempo. Ao lado dele estava o americano Steven Haxton. “Cowboy de Aço” assumiu a liderança já nos primeiros metros e contemplado com a medalha de ouro na chegada.

 

COWBOY DE AÇO

Rufino é conhecido como ‘Cowboy de Aço’, o canoísta é contemplado pelo Bolsa Atleta, programa do Governo do Estado que oferece auxílio financeiro aos esportistas.

Natural de Itaquiraí, ganhou o apelido de Cowboy de Aço por ter escapado da morte três vezes.

Aos 21 anos, quando era peão de rodeio, caiu do touro e teve a cabeça pisoteada e quebrou o maxilar.

Anos depois, sofreu um acidente de moto, e também foi atingido por um raio na casa de seus pais. Mas foi em um acidente de ônibus que ficou paraplégico.

Ele viajava no veículo que estava com a porta aberta, quando escorregou e caiu do ônibus. Ele foi atropelado e sofreu uma lesão na medula óssea.

Ainda no hospital onde estava internado, em Brasília, conheceu o paradesporto. Quando retornou para Mato Grosso do Sul, tentou diversas modalidades: arremesso de peso, basquete em cadeira de rodas, lançamento de dardo e paracanoagem.

Depois de apenas quatro meses se destacou na modalidade e hoje já carrega o título do vice-campeonato brasileiro.

Além das vitórias em competições nacionais, também possui medalhas nos Jogos Pan-Americanos, Campeonato Sul-americano e um ouro na Copa do Mundo de Paracanoagem, disputada em Szeged (Hungria), ocasião que o classificou para Tóquio. (Com informações Jornal Correio do Estado).

 


Fonte: Jornal Correio do Estado