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Parlamentares de MS não conseguem cargos nas comissões


Deputados federais do Estado ficarão apenas como integrantes dos colegiados da Câmara
Na mesa diretora, só Rose Modesto (PSDB) ocupa cargos. (Foto: Agência Câmara)

 

A bancada de Mato Grosso do Sul na Câmara dos Deputados ficou de fora dos principais cargos da Casa de Leis para o biênio 2021-2022. As principais comissões permanentes reuniram figuras do chamado Centrão e aliados do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), como a deputada Bia Kicis (PSL), que assumiu a mais importante entre os colegiados, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). 

Os parlamentares do Estado vão apenas compor as comissões como titulares ou suplentes, como é o caso do deputado federal Fábio Trad (PSD), que será membro titular da CCJ.

Ele ainda vai integrar outros três colegiados, como o de Defesa dos Direitos das Pessoas Idosas (titular), Defesa dos Direitos da Pessoa com Deficiência (suplente) e Defesa dos Direitos das Mulheres (suplente). 

A única parlamentar que obteve um destaque maior nesse atual biênio foi a deputada Rose Modesto (PSDB), que acabou ficando com o cargo de terceira-secretária da mesa diretora da Câmara dos Deputados. A vereadora de primeiro mandato obteve esse holofote em decorrência da articulação nos bastidores da Câmara que ajudou a eleger o atual presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL).

Segundo a assessoria do deputado Beto Pereira (PSDB), o parlamentar foi indicado pelo líder do partido, deputado Rodrigo de Castro (PSDB-MG), para ser membro de três comissões na Câmara dos Deputados.

O parlamentar será membro titular da Comissão de Minas e Energia e suplente das comissões de Agricultura, Pecuária e Abastecimento e Desenvolvimento Rural e de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática. 

Para Pereira, entre todas as atribuições, o foco dele será voltado com mais ênfase à área digital. “Estou especificamente dedicado a esses temas porque acredito ser fundamental que a sociedade discuta uma política de segurança de dados do cidadão brasileiro. Nos últimos meses, acompanhamos megavazamentos de dados que atingiram os trabalhadores, o ministro do Supremo [STF] e até o presidente. Esses dados estão sendo vendidos na deep web e estão sendo utilizados para golpes. Algo tem de ser feito”, disse.

Já Luiz Ovando (PSL), aliado de Bolsonaro e membro do maior bloco da Casa de Leis, afirmou que não quis ser presidente de nenhuma comissão, pois esse cargo demanda muito tempo focado no colegiado e permanência em Brasília.

“Com esse tipo de cargo ficamos muito longe do povo e não estamos vendo a real necessidade dele. Como parlamentar, posso vir a Mato Grosso do Sul e levar as demandas até o presidente da Câmara, em Brasília. Portanto, por esse motivo pedi para não ser indicado pelo meu partido”, disse. 

Segundo a assessoria do deputado, ele vai integrar as comissões de Seguridade Social e Família (titular), Esporte (suplente), da Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural (suplente) e do Turismo (suplente).

O deputado Dagoberto Nogueira (PDT) também fará parte da Comissão de Agricultura, porém, como titular, e será suplente na CCJ e na Comissão Mista de Orçamento. Já a deputada Bia Cavassa (PSDB) integrará três comissões como membro titular: Educação, Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável.

SENADO

O mesmo processo de perda de protagonismo nas comissões também ocorreu no Senado, em que a bancada estadual perdeu a presidência de três importantes comissões, com a saída da senadora Soraya Thronicke (PSL) do comando da Comissão de Agricultura e Reforma Agrária, a saída de Nelson Trad Filho (PSD) da presidência do colegiado de Relações Exteriores e Defesa Nacional e a saída de Simone Tebet (MDB) da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). (Com informações Jornal Correio do Estado).


Fonte: Jornal Correio do Estado