Deputada federal Rose Modesto. (Foto: Divulgação)
A deputada federal Rose Modesto (PSDB) deve entrar no Podemos na próxima janela partidária, que ocorrerá em abril. A informação foi repassada pelo presidente licenciado da sigla e secretário de Governo e Gestão Estratégica de Mato Grosso do Sul (Segov), Sergio Murilo, em entrevista exclusiva ao Correio do Estado.
De acordo com Murilo, a parlamentar tem grande chance de compor a chapa como vice do secretário de Infraestrutura, Eduardo Riedel.
Ainda de acordo com o presidente licenciado do Podemos, o partido também poderá contar com o irmão da parlamentar, o deputado estadual Rinaldo Modesto (PSDB). Nos últimos anos, a relação da deputada Rose com os caciques tucanos vem sofrendo grande desgaste.
Ela queria ter concorrido à Prefeitura de Campo Grande em 2020, porém, o PSDB decidiu apoiar a reeleição do prefeito Marcos Trad (PSD). Para muitos analistas, Modesto era a única figura política capaz de derrotar o atual prefeito nas urnas, mas com a recusa dos tucanos em lançar candidatura própria, este embate não ocorreu e projetou a esperada saída da deputada do partido.
“O que posso adiantar é que está encaminhada a vinda dos irmãos Modesto para nossa legenda. O desejo da deputada Rose sempre foi de se eleger prefeita da Capital, e as chances de isso ser concretizado é maior em nosso partido. Outro fator que pode alavancar sua possível eleição é que a parlamentar pode ser eleita em 2022 vice-governadora do Estado. Essa musculatura política conquistada em dois anos de cargo poderia alavancar uma possível candidatura para as eleições municipais de 2024. Ela é jovem e tem conquistado esse espaço na política sul-mato-grossense ao longo dos últimos anos”, avaliou.
CRESCIMENTO
Murilo revelou que não só os irmãos Modesto têm interesse em ingressar na legenda. Ele afirmou que muitos políticos no Estado têm conversado com ele e mostrado interesse em se filiarem à sigla, que foi a que mais cresceu em MS nos últimos anos.
Esse fato se revelou mais profundamente nas últimas eleições municipais, quando o partido conseguiu eleger 36 vereadores, três deles na Capital.
“Qual político não quer entrar em uma legenda que obteve 40 mil votos na eleição passada? Eles acabaram observando a importância da gestão em uma construção partidária, pois hoje temos diretórios espalhados na maioria das cidades do Estado e conseguimos esse feito em 12 meses, ou seja, um ano para alcançarmos esse feito. Os partidos não devem ter donos, mas, sim, dirigentes que entendem de administração. Eu sou da iniciativa privada, empresário, quando me deram essa missão, falei: ‘É mole’. Os caciques políticos podem entender muito de política, porém, não sabem como gerenciar um partido”, afirmou Sergio Murilo.
DOBRADINHA ROSE-RIEDEL
Murilo avaliou que seria vantajoso para Riedel uma possível dobradinha com Modesto. Segundo ele, o Podemos tem a musculatura necessária em Campo Grande para alavancar a possível eleição do colega secretário.
No interior de Mato Grosso do Sul, o político avalia que Riedel, à frente da Infraestrutura, pode ganhar capital político após entregar R$ 4,5 bilhões em obras anunciadas este ano pelo governador Reinaldo Azambuja.
“Hoje, ao lado do PSDB, [o Podemos] tem a segunda maior bancada da Câmara de Campo Grande, ou seja, podemos ajudá-lo com esse capital político. Já no interior, a estratégia de Reinaldo [Azambuja] em colocá-lo como secretário de Infraestrutura não teve caráter eleitoral, mas, sim, porque é o homem de maior confiança do governador e pode entregar todas as obras até o término do mandato dele. No entanto, esse trabalho pode sim gerar frutos eleitorais a Riedel e deixá-lo mais conhecido entre o eleitorado do interior”, projetou. (Com informações Jornal Correio do Estado).
