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Ministra Tereza Cristina é exonerada para votar na eleição da Câmara


Ela reassume cargo de deputada federal, mas deve retornar ao ministério após eleição
Ministra Teresa Cristina, que é deputada federal licenciada, retoma ao cargo. (Foto: Divulgação)

 

A ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina, foi exonerada do cargo para que ela possa reassumir seu mandato de deputada federal pelo DEM-MS e participar da votação para a presidência da Câmara dos Deputados.

Decreto que formaliza a exoneração, a pedido, foi publicada na edição desta sexta-feira (29) do Diário Oficial da União.

Além de Tereza Cristina, o ministro da Cidadania, Onyx Lorenzoni, também foi exonerado e retorna ao cargo de deputado.

A expectativa é que tanto Tereza quanto Onyx somem votos favoráveis a Arthur Lira (PP-AL), candidato apoiado pelo presidente Jair Bolsonaro.

A estratégia de exonerar ministros para garantir votos à favoráveis é comum.

Em 2019, ambos os deputados também foram exonerados para votar a favor da Reforma da Previdência na Câmara e retornaram depois aos respectivos ministérios.

O presidente já afirmou, na última quarta-feira (27), que espera ter influência na eleição para a presidência da Câmara dos Deputados.

O ministro das Comunicações, Fábio Faria, também deve ser exonerado do cargo para reassumir seu mandato de deputado na Câmara e também votar na eleição.

 

ELEIÇÃO

Novo presidente da Câmara dos Deputados, que assumirá no lugar de Rodrigo Maia (DEM-RJ), será definido na próxima segunda-feira (1º). No mesmo dia, ocorre a votação para a presidência do Senado.

Na Câmara, pelo menos nove deputados federais disputam a eleição.

Os mais cotados são Arthur Lira, líder do bloco que reúne partidos do Centrão, e Baleia Rossi (MDB-SP), indicado pelo atual presidente da Casa.

Também estão na disputa os deputados Luiza Erundina (Psol),  Marcel Van Hattem (Novo), Fábio Ramalho (MDB), Alexandre Frota (PSDB), André Janones (Avante), Augusto Rosa (PL) e General Peternelli (PSL).

Na eleição, o voto de cada deputado é secreto, em uma cabine onde é necessária a identificação digital para registrar o voto em urna eletrônica.

Além do presidente, são definidos o primeiro e segundo vice-presidente, quatro secretários e quatro suplentes.

Para que um candidato seja eleito, ele precisa da maioria absoluta dos votos, ou seja, 257 dos 513 disponíveis. Caso ele não alcance, a disputa vai para segundo turno entre os dois mais votados.

A presidência da Câmara dos Deputados é considerado um cargo chave no Legislativo, tendo em vista que o presidente tem o poder de definir quais pautas serão ou não votadas ao longo do ano na Casa.

O presidente da Câmara é ainda o segundo na linha sucessória presidencial. Ou seja, se o presidente da República e o vice estiverem ausentes, ele assume interinamente. (Com informações Jornal Correio do Estado).

 

 

 

 


Fonte: Jornal Correio do Estado