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Pesquisa na Colônia de Férias aponta excesso de peso em adolescentes


Gráficos apontam estado nutricional dos alunos avaliados pelas nutricionistas. (FOTO: Reprodução)

Nas férias do mês de julho a Gerência Municipal de Educação do município (Gemed), realizou a 2ª Colônia de Férias com os estudantes da Rede Municipal de Ensino (Reme) e durante a estada dos alunos adolescentes no local, foi realizada uma pesquisa que apontou a tendência ao excesso de peso em adolescentes de Naviraí. Tal informação foi obtida pela nutricionista Tatiana Ferreira, responsável técnica pela alimentação escolar e Aline Costa de Souza, estagiária em Nutrição.

Segundo as pesquisadores, o estado nutricional de crianças e adolescentes representa a condição de vida de uma população e indica sua perspectiva de vida e saúde. Foram avaliados um total de 434 alunos, com idade entre 1 e 18 anos, sendo 49% do sexo masculino e 51% feminino. Os resultados obtidos de classificação do estado nutricional estão apresentados na forma de gráfico e foram divididos em três grupos de acordo com a idade: Pré-escolares, Escolares e Adolescentes.

Segundo Tatiana foi realizada a aferição do peso corporal, altura e cálculo do Índice de Massa Corporal (IMC). O índice antropométrico utilizado foi o IMC por idade (IMC/I) segundo escore z. Estes índices são adotados pela Organização Mundial de Saúde e Ministério da Saúde.

“Considerando a classificação do estado nutricional, mais da metade dos participantes apresentaram diagnóstico nutricional dentro da faixa de normalidade. Entretanto, o excesso de peso apresentou uma alta proporção para os adolescentes, essa característica marcante corrobora o processo de transição nutricional, fenômeno observado praticamente em todas as populações do mundo”, explicou a nutricionista.

Dados do Ministério da Saúde revelam o aumento progressivo do excesso de peso no Brasil, segundo o levantamento de dados da Pesquisa de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), uma em cada cinco pessoas no País está acima do peso. O que se torna mais preocupante é que além de sua elevada prevalência, a obesidade quando diagnosticada ainda na infância tem adquirido grande significância, pois tende a persistir e se agravar na vida adulta associando-se a diversas doenças crônicas. Segundo o Ministério da Saúde, o Sistema Único de Saúde (SUS) gasta, anualmente, R$ 488 milhões com o tratamento de doenças associadas à obesidade.

Ainda para Tatiana frente a esse panorama, fica clara a necessidade de se adotar medidas para estimular práticas e atitudes educacionais prevenção e conscientização sobre o assunto.  “As interpretações dos resultados e levantamentos das possíveis causas do quadro, que em princípio só podem ser especulativas e, apesar de não terem gerado informações sobre a causalidade do problema, indicam a necessidade de alguma intervenção, diminuindo-se assim as morbidades e mortalidades dessas crianças no futuro que acarretaram em milhões de investimentos na saúde pública”, finalizou. (Texto: Assessoria de Imprensa da Prefeitura).


Fonte: Ascom Prefeitura de Naviraí