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Servidores estaduais voltam a ter jornada diária de 8 horas


Adoção da jornada de 8 horas foi defendida como alternativa para melhorar a contraprestação de serviço à população
Servidores chegando para trabalhar no 1º dia de mudança de horário na jornada de trabalho (FOTO: Henrique Kawaminami)

No 1º dia de mudança na jornada de trabalho para 8 horas diárias (40 semanais) que começou nesta segunda-feira, os servidores públicos afirmam que o jeito é tentar se readaptar com o novo horário. Antes, eles cumpriam 6h diárias (36 horas semanais). A alteração atingiu aproximadamente 16 mil funcionários públicos.

A data (1º de julho) foi fixada pelo Governo do Estado depois de pedidos de representantes do funcionalismo, que solicitaram o adiamento da mudança, antes fixada para abril, para que os trabalhadores pudessem se adaptar.

Lotado na Sejusp (Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública), Guilherme Renato Lós, 42 anos, trabalhava até as 14h. Quando precisava sair mais cedo, entrava 6h e saía ao meio-dia. Com o novo horário terá que trabalhar o dia inteiro, das 7h30 as 11h30 e das 13h30 as 17h30.

“Por enquanto não dá pra falar se estamos gostando ou não. A semana será de experiência e readaptação”, disse. Renato cumpria 8 horas de trabalho quando era lotado na DGPC (Delegacia-Geral da Polícia Civil). Há 2 anos passou a cumprir carga horário de 6 horas. “Será difícil para quem está há muitos anos nesse ritmo. Eu, por exemplo, vou ter que me readaptar” comentou.

A adoção da jornada de oito horas foi defendida pela administração do governador Reinaldo Azambuja (PSDB) como alternativa para melhorar a contraprestação de serviço à população com um custo mínimo na folha de pessoal.

Também lotado na Sejusp, Paulo Henrique, 43 anos, conta que com a nova jornada vai ter que mudar o horário da faculdade (do vespertino para o noturno). “A mensalidade é mais cara no período da noite”, disse. Ele disse que levou comida para almoçar no trabalho, porque não tem como ir para a casa. “Comprar por aqui fica muito caro, foi ter que me readaptar ao novo horário”.

Compartilha da mesma opinião Olívia Fernandes, 51 anos. “Como está todo mundo entrando no mesmo horário, o fluxo de veículo aumentou muito na Avenida Ministro João Arinos, trajeto realizado pelos funcionários públicos que moram na região Leste da cidade. “Sobre o horário reclamo um pouco enquanto funcionária pública, mas para a população será melhor. Vejo os dois lados”, afirma. (Com informações Campo Grande News).


Fonte: Campo Grande News