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Produção industrial estável na maior parte das empresas de MS


A maior parte das empresas de Mato Grosso do Sul estão com sua produção estável. (FOTO: Assessoria)

 

A produção industrial sul-mato-grossense prossegue estável em abril deste ano na maior parte das empresas, porém, o número de estabelecimentos com aumento na produção caiu na comparação com o mês anterior, de acordo com a Sondagem Industrial realizada pelo Radar Industrial da Fiems junto a 73 empresas no período de 2 a 13 de maio. Pelo levantamento, em abril, 58,9% das empresas industriais de Mato Grosso do Sul apresentaram estabilidade na produção, enquanto no mês anterior esse resultado foi de 54,5%.

“Já as empresas que apresentaram expansão responderam por 12,4% do total, contra 18,2% no último levantamento. O que pode sugerir uma redução no ritmo da atividade industrial na passagem entre os meses de março e abril”, comentou o coordenador da Unidade de Economia, Estudos e Pesquisas da Fiems, Ezequiel Resende.

Ainda de acordo com ele, em abril, a ociosidade média na indústria sul-mato-grossense foi de 32%. “Somado a isso, o índice de utilização fechou o mês em 41,6 pontos, sendo que resultados abaixo dos 50 pontos sinalizam que a utilização da capacidade instalada foi inferior ao que era esperado para o período. Por fim, a sondagem mostrou que, em abril, a utilização da capacidade instalada ficou abaixo do usual para 39,8% dos respondentes, igual ao usual para 53,4% e acima para 6,8%”, relatou.

 

EXPECTATIVAS

Com relação ao índice de expectativa do empresário industrial, Ezequiel Resende detalha que, em maio, 57,8% das empresas responderam que esperam aumento na demanda por seus produtos nos próximos seis meses, enquanto para o mesmo período 11% preveem queda. “Já as empresas que acreditam que o nível de demanda se manterá estável responderam por 50,7% do total”, informou.

Já sobre o número de empregados 17,8% das empresas responderam que esperam aumento nos próximos seis meses, enquanto 15,1% apontaram que esse número deve cair. “Além disso, 67,1% das empresas esperam manter o quadro de funcionários estável”, ressaltou o economista, reforçando que as exportações devem ter alta para 8,2% das empresas respondentes nos próximos seis meses, enquanto 5,5% acreditam que deva ocorrer queda. “As empresas que preveem estabilidade para suas exportações responderam por 16,4% do total e 68,5% disseram que não exportam”, detalhou.

Sobre a intenção de investimento do empresário industrial, em maio o índice alcançou 54,6 pontos, indicando redução de 2,8 pontos sobre o mês anterior. “Condição influenciada, principalmente, pelo aumento da participação das empresas que provavelmente não realizarão investimentos nos próximos seis meses, que subiu de 29,9% para 38,4% do total. Comportamento semelhante também ocorreu em relação as empresas que disseram ter certeza de que não vão investir, com aumento de 6,5% para 8,2%. Por fim, o índice varia de 0 a 100 pontos, quanto maior o índice, maior é a intenção de investir”, explicou o economista.

 

ICEI

O Índice de Confiança do Empresário Industrial de Mato Grosso do Sul (ICEI/MS) alcançou em maio 60,3 pontos, indicando um recuo de 2,5 pontos, quando comparado com o mês anterior. “Registrando, deste modo, a quarta queda consecutiva após um período de forte alta acumulada entre os meses de outubro de 2018 e janeiro de 2019. Porém, mesmo com as reduções observadas, o atual resultado encontra-se 5,3 pontos acima do registrado em maio do ano passado e 6,7 pontos acima da média histórica registrada para o mês”, detalhou Ezequiel Resende.

Em maio, 31,5% dos respondentes consideraram que as condições atuais da economia brasileira pioraram, no caso da economia estadual, a piora foi apontada por 28,7% dos participantes e, com relação à própria empresa, as condições atuais também estão piores para 28,7% dos respondentes. Além disso, para 46,6% dos empresários não houve alteração nas condições atuais da economia brasileira, sendo que em relação à economia sul-mato-grossense esse percentual foi de 54,8% e, a respeito da própria empresa, o número também chegou a 46,6%.

Por fim, para 16,4% dos empresários as condições atuais da economia brasileira melhoraram. Já em relação à economia estadual esse percentual chegou a 11,0% e, no caso da própria empresa, o resultado foi de 19,2%. Já os que não fizeram qualquer tipo de avaliação das condições atuais da economia brasileira, estadual e do desempenho da própria empresa responderam igualmente por 5,5%.

 

EXPECTATIVS PARA OS PRÓXIMOS SEIS MESES

Em maio, 8,2% dos respondentes disseram que estão pessimistas em relação à economia brasileira. Em relação à economia estadual, o resultado alcançou 6,9% e, quanto ao desempenho da própria empresa, o pessimismo também foi apontado por 6,9% dos empresários. Os que acreditam que a economia brasileira deve permanecer na mesma situação ficou em 30,1%, sendo que em relação à economia do estado esse percentual alcançou 34,2% e, a respeito da própria empresa, o número chegou a 26,0%.

Além disso, 57,5% dos empresários se mostraram confiantes e acreditam que o desempenho da economia brasileira vai melhorar. Já em relação à economia estadual, esse percentual chegou a 53,5% e, no caso da própria empresa, 61,7% dos respondentes confiam numa melhora do desempenho apresentado. Os que não fizeram qualquer tipo de avaliação das expectativas em relação à economia brasileira, estadual e do desempenho da própria empresa responderam por 4,1%, 5,5% e 5,5%, respectivamente. (Texto: Daniel Pedra – Ascom Fiems).

 


Fonte: Daniel Pedra - Ascom Fiems