Na manhã desta segunda-feira (28), os cardeais da Igreja Católica se reuniram na 5ª Congregação Geral, no Vaticano, e definiram a data para o início do Conclave que elegerá o sucessor do Papa Francisco. De acordo com o portal Vatican News, o processo começará no próximo dia 7 de maio.
Essa foi a primeira congregação realizada após a morte de Francisco, ocorrida em 21 de abril. A reunião, como o Conclave, aconteceu a portas fechadas. Ao todo, 135 cardeais com direito a voto participarão da escolha do novo pontífice, incluindo sete brasileiros: Dom Odilo Scherer (São Paulo), Dom João Braz de Aviz (Brasília, emérito), Dom Leonardo Steiner (Manaus), Dom Paulo Cezar Costa (Brasília), Dom Jaime Spengler (Porto Alegre), Dom Orani João Tempesta (Rio de Janeiro) e Dom Sérgio da Rocha (Salvador). Três deles foram nomeados cardeais por Francisco nos últimos anos: Leonardo Steiner, Paulo Cezar Costa e Jaime Spengler.
O Conclave não tem duração predefinida e pode se estender por semanas ou meses. No entanto, os dois últimos conclaves — que elegeram Bento XVI e Francisco — foram concluídos em apenas 48 horas.
COMO SERÁ O CONCLAVE?
Durante o Conclave, a votação ocorrerá na Capela Sistina, onde duas mesas são montadas: uma para os votos e outra para a apuração. No primeiro dia, haverá apenas uma votação, na qual o candidato precisa alcançar dois terços dos votos (80 votos) para ser eleito. Se nenhum nome for escolhido, a partir do segundo dia são realizadas quatro votações diárias — duas pela manhã e duas à tarde — num ciclo que pode se repetir até sete vezes. Persistindo a indefinição, pode ser adotada uma votação de maioria absoluta ou um segundo turno entre os dois candidatos mais votados.
Após cada votação, fumaça é liberada para sinalizar o resultado ao mundo: fumaça negra indica que ainda não houve eleição, enquanto fumaça branca anuncia que um novo Papa foi escolhido.
Uma vez eleito, o decano dos cardeais questiona o escolhido se aceita a missão. Confirmado o aceite, o novo pontífice escolhe o nome que adotará no papado.
A MORTE DE FRANCISCO
Papa Francisco, primeiro pontífice latino-americano da história, morreu no último dia 21 de abril, aos 88 anos, após complicações de saúde. Ele estava internado havia 40 dias, inicialmente diagnosticado com pneumonia bilateral. Durante o tratamento, enfrentou anemia, baixa contagem de plaquetas e insuficiência renal leve, além de necessidade de ventilação mecânica não invasiva.
Mesmo debilitado, Francisco ainda apareceu publicamente na manhã de 20 de abril, em uma cadeira de rodas, desejando “Boa Páscoa” aos fiéis.
Eleito em 13 de março de 2013, após a renúncia de Bento XVI, Jorge Mario Bergoglio escolheu o nome Francisco em homenagem a São Francisco de Assis, símbolo de humildade e amor aos pobres. (Com informações Dourados Agora).
