Domingo de Ramos marca o início da Semana Santa. Desde as primeiras horas da manhã, já é possível ouvir os cânticos que anunciam esse momento tão importante para os cristãos católicos.
Nesse dia, em especial, a missa começa com a benção dos ramos e, em seguida, uma procissão animada segue pelas ruas em direção à igreja. Encerrado a liturgia, os fiéis vão para casa levando seus ramos.
E o que é feito deles? Quem nos responde é o padre Gudialace de Oliveira, pároco da Paróquia Nossa Senhora das Graças, de Coqueiral de Itaparica, em Vila Velha. “É um costume das pessoas guardarem esses ramos até a próxima quarta-feira de cinzas, onde eles são queimados e se tornam as cinzas usadas na missa”, esclareceu o sacerdote.
O hábito de guardar os ramos de coqueiro foi atualizado e, agora, os fiéis estão usando as folhas secas de uma outra forma, com explica o padre Gudialace. “Algumas pessoas já levam ramos de ervas próprias para chás. Dessa forma, após a missa, eles utilizam para produzir chás”, disse.
ENTENDENDO O DOMINGO DE RAMOS
O padre Gudialace explica que, nessa celebração em especial, há duas liturgias da Palavra. “Na primeira, fazemos a recordação da entrada triunfal de Jesus em Jerusalém, quando o povo o aclama como Rei e Salvador”.
Por isso, os cristãos católicos repetem esse gesto, levando os ramos de coqueiro, ou os ramos para os futuros “abençoados chás”. “E na segunda parte da liturgia da Palavra, somos colocados diante da maior das incoerências: Jesus, que no início fora aclamado pela multidão, agora é condenado pela mesma multidão à morte na cruz”, destacou.
Na segunda parte da liturgia, há o relato da Paixão do Senhor. “Esse relato é o mesmo que se faz na sexta-feira Santa. No entanto, como esse dia não é uma celebração de preceito para os católicos, a Igreja o antecipa no domingo para que todos os fiéis católicos tenham a oportunidade de refletir sobre a entrega de Jesus e a maldade dos nossos pecados”, afirmou. (Com informações site ESHOJE).