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Produção de soja convencional, não transgênica, está em queda


 

E a soja convencional a soja que é livre de transgenia chamada hoje de soja livre vem caindo bastante o seu plantio aqui no Brasil no ciclo dois mil e vinte e dois mil e vinte e três a área plantada com soja livre no Brasil foi de novecentos e oitenta e seis vírgula dois mil hectares nos quais Mato Grosso respondeu por quase cinquenta por cento conforme projeção do Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária e IMEA na safra dois mil e vinte e três, dois mil e vinte e quatro, a estimativa é de trezentos e trinta e dois vírgula oito mil hectares, uma queda de trinta e dois por cento na soja livre plantada em Mato Grosso e representa cinquenta por cento aí da produção.

O César Borges que foi reconduzido aí para a presidência do Instituto Soja Livre diz que a soja convencional, soja livre, é um produto com muita tecnologia embarcada e de alto valor agregado, pois requer cuidados específicos para garantir a segregação do grão.

Praticamente é tudo transgênico, então é muito difícil você garantir a segregação do grampo.

Na prática é mais caro cultivar a soja livre de transgenia é preciso investir uma série de medidas e exigências para que o grão convencional não seja contaminado pelo grão geneticamente modificado.

As fazendas produtoras são auditadas e a segregação da soja é atestada por agências independentes de controle e verificação, certifica a carga permitindo assim sua entrada no mercado internacional.

Mas por que plantar soja livre? Na Europa as redes varejistas de alimentos premiam com valor adicional a soja convencional, forma de atender a pressão do consumidor final pela oferta de produtos sem traços de transgenia em sua composição.

É esse prêmio que dá sustentação financeira para o mercado brasileiro de soja livre.

O presidente Lula está indignado com a política ambiental da União Europeia, ele tem falado muito que tem criticado bastante o protecionismo comercial do bloco europeu que estaria disfarçado de exigências ambientais, mas não é só o presidente Lula que está irritado com a política ambiental da União Europeia.

Dentro da própria casa lá na Europa a Irlanda os produtores de leite estão em pé de guerra com o governo

que ameaça eliminar duzentas mil vacas nos próximos três anos, olha só, duzentas mil vagas pra reduzir as emissões de gases efeito estufa e cumprir as metas propostas com a união europeia.

É quase como se tivéssemos um alvo nas costas. Existe um produtor.

A mídia nos retrata como assassinos e negadores do clima. Somos os primeiros a ver as mudanças climáticas estamos fazendo a nossa parte para mudar as coisas, reclamou um dos produtores ouvidos pelo jornal financial times a exemplo de muitos produtores brasileiros, os produtores irlandeses se sentem injustamente culpados quando apontados como responsável pela emissão de gases de efeito estufa que está elevando a temperatura do planeta e causando as mudanças climáticas.

Segundo o Financial Times, as vacas da Irlanda expelem metano, o gás responsável por mais de um quarto do aquecimento global são os piores agressores climáticos do país.

No Brasil as queimadas de desmatamento são a principal fonte de emissões de gases de efeito estufa e a pecuária é segunda maior fonte emissora com cerca de dezesseis por cento do total.

A proposta do governo da Irlanda é de abater quase duzentas mil vacas leiteiras nos próximos três anos e é considerada radical pelos pecuaristas a ilha tem dezoito mil produtores de leite e um rebanho bovino de sete vírgula um milhões de cabeça, dos quais um vírgula cinco, um vírgula seis milhão são utilizados para a produção de laticínios a Irlanda registrou o maior aumento nas emissões de gases efeito estufa na União Europeia no último trimestre de dois mil e vinte e dois em comparação com o mesmo período em dois mil e vinte e um.

E tem a pior emissão de gás metano per capita do bloco segundo descreve a reportagem do Financial Times, mas a briga pra mais de ser muito grande porque os produtores lembram que a indústria de laticínios é a maior indústria nativa da Irlanda né? Vestígios arqueológicos mostram que a produção leiteira praticada lá a mais de seis mil anos.

A indústria de laticínios vale cerca de noventa bilhões de reais ano pra economia irlandesa emprega cinquenta e quatro mil pessoas e exportou quarenta e sete vírgula seis bilhões de reais em dois mil e vinte e dois.

E nós ouvimos o Alcides Torres da Scot Consultoria sobre o mercado da pecuária em Mato Grosso do Sul.

Bom Bruno, no Mato Grosso do Sul o mercado tem se comportado como no restante do país, ou seja, as cotações estão em queda.

Nos últimos trinta dias a queda foi de oito vírgula três por cento caiu em todas as regiões do estado e hoje a região onde a cotação é maior, é na região de Dourados onde tá duzentos e trinta reais por arroba, sempre preço bruto e a prazo depois vem a região de Três Lagoas e Campo Grande com duzentos e vinte e cinco reais por arroba e duzentos e vinte, duzentos e vinte e cinco, também preços brutos e a prazo, isso até hoje, tá?

E no mercado de reposição considerando a média dos últimos trinta dias preço também caiu e caiu pra todas as categorias de bovinos pra reposição do rebanho entre agosto e junho.

Agora nessa nesses primeiros dias de agosto né? Nesses quatorze dias os preços estão trabalhando estão estáveis, né? E com altas pontuais sendo reportadas aí pelos leiloeiros e pelos compradores e vendedores.

De qualquer maneira o bezerro de desmama hoje tá sendo apregoado em dois mil cento e vinte e cinco reais por cabeça, uma queda entre um e dois por cento, o bezerro de anos tá sendo apregoado em dois mil trezentos e treze reais por cabeça, uma queda de um vírgula oito por cento, o garrote está sendo apregoado em dois mil e oitocentos reais, numa queda de cinco vírgula três por cento e o boi magro em três mil trezentos e noventa, uma queda de quatro vírgula dois por cento ou seja, o mercado do boi gordo e o mercado de reposição no Mato Grosso do Sul também anda bastante fraco, tal e qual nas demais regiões de pecuária no Brasil.

É isso aí, meu nome é Alcides Torres, eu sou engenheiro agrônomo e analista da Escola de Consultoria numa análise do mercado pecuário para o Correio do Estado.

 


Fonte: Jornal Correio do Estado