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Consumidores ainda esperam sentir no bolso queda no preço da carne


Conab sinaliza produção recorde de carnes e espera reflexo nos preços praticados
Açougueiro mostra corte de carne em açougue de Campo Grande (Foto: Alex Machado)

 

Consumidores ainda estão esperando sentir no bolso a queda no preço da carne. O assunto voltou à tona após a Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) estimar produção de 29,6 milhões de toneladas de carnes bovina, suínas e aves, neste ano, e informar que deve refletir em um custo menor.

Neste sábado (29), o pecuarista Mário Márcio, de 47 anos, pagou R$ 143 por 3,3 kg de carne, no açougue Ponto da Carne. Conhecedor deste setor, ele afirma que a arroba baixou para a pecuária, mas ainda não chegou aos açougues.

“Faz tempo que baixou a arroba e não baixou no açougue. A arroba da vaca está 215 e a do boi 230. É ruim para mim que sou produtor e consumidor. Ninguém mais que os consumidores para pressionar o varejo para baixar o preço. Se baixar vai ser bom para o consumidor, estou falando como consumidor”, destacou.

No mesmo açougue estava o bancário Rogério Peralta, de 34 anos. Ele comprou maminha, linguiça, costela e ponta de costela, gastando o total de R$ 400. Ele conta que costuma fazer churrasco a cada 15 dias.

“Ainda não notei diferença. Acho uma boa [baixar], nem tanto pelo custo do churrasco, é mais pelo consumo do dia a dia. Acho que pagamos muito caro. Aumentou bastante comparado ao ano passado”, pontuou.A coordenadora financeira Karina Marques, de 50 anos, está confiante em um preço melhor, somente nos próximos dias.

“Acho que está caro ainda, não começou a surtir efeito. Acredito que na próxima semana a gente note”, comentou. Ela comprou 3 quilos de carne de pouco e desembolsou R$ 105.

Produção – Sendo confirmada a estimativa da Conab, essa será a maior produção da série histórica, puxada pela produção de suínos, que deve chegar a 5,32 milhões de toneladas em 2023. A produção de bovinos representa cerca de 9 milhões de toneladas e para aves de 15,21 milhões de toneladas.

“Mais produto no mercado significa menor preço para os consumidores. Temos expectativa de que, para aqueles que gostam de consumir carne, possivelmente vai ter um aumento da proteína animal na mesa do povo brasileiro, especialmente o churrasco, que não é só uma comida para o nosso povo, faz parte da nossa cultura”, disse o presidente da Conab, Edegar Pretto.

Campanha – Em junho, a Acrissul (Associação dos Criadores de Mato Grosso do Sul) lançou a campanha "pesquise e coma mais".

A ideia é levar pessoas que comem carne a pesquisarem os preços nos açougues para, então, encontrarem menores valores e comprarem maior quantidade da proteína animal.

"A ideia é fomentar a concorrência no mercado varejista para que os preços diminuam e aumente também o consumo de carne bovina pelo consumidor, terminando por alterar a atual relação de oferta e procura no mercado", explicou o presidente da Acrissul, Guilherme Bumlai, na época. (Com informações Campo Grande News).

 


Fonte: Campo Grande News